quinta-feira, 2 de julho de 2015

Exposição Negros Pintores - Participantes


Exposição Negros Pintores

De 24 de agosto a novembro de 2008, terça a domingo, das 10h às 17h
Pavimento térreo do Museu Afro Brasil, Av. Pedro Álvares Cabral, s/no, portão 10, Parque Ibirapuera, São Paulo, SP
Telefone: (11) 5579 0593
Entrada gratuita
Mais informações: www.museuafrobrasil.com.br 


Exposição no Museu Afro Brasil, resgata a qualidade e a dimensão de artistas dos séculos 19 e 20 pouco conhecidas por público e crítica 
   
Como complemento expositivo a curadoria do Museu apresenta ainda fotografias e documentos, além de uma releitura de ateliê do século XIX, com objetos, papéis e material educativo com acesso ao público. Outras curiosidades são a palheta de Estevão Silva e caixa de pintura de Arthur 

Os dez artistas

 Arthur Timótheo (1882-1922) | Com o irmão, João Timótheo (presente também com obras nesta exposição), realizou trabalhos de caráter público como as decorações do Fluminense Futebol Clube, entre 1920 a 1924, e do Copacabana Palace Hotel, no Rio de Janeiro. Para o crítico José Roberto Teixeira Leite, autor do livro “Pintores Negros do Oitocentos” (1988), o artista é um dos pioneiros do modernismo no país. Arthur esteve na Europa onde manteve contatos artísticos as quais influenciaram na realização de nus, retratos e paisagens. Morre jovem em um hospício carioca. 

Benedito José Tobias (1894-1963) | Nascido em São Paulo, o artista é mais conhecido pelos pequenos retratos de negros e negras realizados a óleo sobre madeira ou a guache sobre papel, “com maestria e com uma certa tensão expressionista”, segundo avaliação de Emanoel Araujo no texto de apresentação da exposição. Tobias tem obra pouco pesquisada ainda, apesar da qualidade e do empenho do artista em desenvolver a técnica pictórica.

Benedito José de Andrade (1906-1979) | Pouco conhecido ainda, o artista paulista realizou obras entre as décadas de 30 e 40. Recebeu vários prêmios e está inserido historicamente numa circunstância de intensa produção artística. Seus trabalhos são quase que exclusivamente concentrados na representação dos negros. Emanoel Araujo escreve no livro “Museu Afro Brasil – um conceito em perspectiva”, que o artista “se aproximava daquilo que o retratado tinha de mais humano”

Emmanuel Zamor (1840-1917) | Nasceu em Salvador, foi pintor e cenógrafo e estudou música e desenho na Europa. Freqüenta a Academie Julian, em Paris, anos antes de Tarsila do Amaral. Pesquisas indicam que teria convivido com Cézanne, Renoir, Degas, Pisarro, Monet e Sisley. Volta ao Brasil para uma curta temporada e perde parte de suas obras em um incêndio. De volta à França sua obra ganha reconhecimento e sua obra é arrematada quase que totalmente. O MASP realizou exposição antológica em 1985.

Estevão Silva (1845-1891) | Pintor e professor, nasceu no Rio de Janeiro. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes e teve como companheiros Almeida Junior, Rodolfo Amoedo, Firmino Monteiro (presente na exposição) e outros. Ligou-se ao Grupo Grimm, a qual buscava representar a natureza ao ar livre e não mais dentro do ateliê. Reconhecido pelas naturezas-mortas, realizou igualmente pinturas históricas, religiosas, retratos e alegorias. Foi elogiado pelo crítico Gonzaga Duque pelo verismo de suas naturezas-mortas.

Firmino Monteiro (1855 – 1888) | Nasceu no Rio de Janeiro e teve várias profissões: encadernador, caixeiro e tipógrafo. Cursou a Academia Imperial de Belas Artes, onde foi aluno de Victor Meireles, e foi incentivado, por meio de viagem à Europa, pelo imperador Pedro II. Viveu mais no exterior do que no país e teve notoriedade pelo virtuosismo nas paisagens. Recebeu contínuos elogios do crítico Gonzaga Duque. 

João Timótheo (1879-1932) | Artista de produção numerosa (deixou cerca de 600 obras), iniciou o aprendizado na Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Pintor, decorador e gravador, João realizou paisagens, retratos, marinhas, pintura histórica e de costumes. Foi aluno de mestres como Rodolfo Amoedo e Zeferino da Costa. Mora em Paris e realiza o Pavilhão Brasileiro na Exposição Internacional de Turim, em 1911. Juntamente com o irmão, Arthur (presente na exposição), produz importantes decorações públicas no Rio de Janeiro. Morre jovem em um hospício.

Horácio Hora (1853-1890) | Nasceu em Sergipe e esteve ao lado de artistas como Benedito Calixto e Pedro Weingartner, apesar de ter desenvolvido uma obra particularizada. Foi para Paris onde era freqüentador habitual do Louvre. Ganhou vários prêmios e a sua tela considerada obra prima é “Pery e Cecy”, inspirada na literatura de José de Alencar. 
  
Rafael Pinto Bandeira (1863-1896) | Aos 16 anos já estava na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Prematuramente reconhecido, o artista permaneceu por vários anos em Salvador onde foi professor de desenho e paisagismo. É considerado como um dos mais importantes paisagistas e marinhistas do século 19. O crítico José Roberto Teixeira Leite aproxima sua produção ao do francês Camille Corot.

Wilson Tiberio (1923-2005) | Nasceu no Rio Grande do Sul e viveu durante longo período em Paris. O distanciamento do país, segundo texto de Emanoel Araujo sobre a exposição, o teria levado a pintar repetidamente motivos afro-brasileiros. O artista esteve no Senegal e se envolveu em movimento revolucionário, ao qual foi expulso. Faleceu na França e a mostra de obras do artista é uma homenagem póstuma do Museu Afro Brasil.

@professorpaulo

fonte: Museu Afro Brasil



terça-feira, 30 de junho de 2015

Viggiani

Viggiani 


Em construção

Estamos procurando conteúdo para este professor do Liceu de Ofícios de São Paulo, se você tem algo por favor entre em contato e se possivel nos envie.

Grato 

Professor Paulo 

Panelli


PANELLI


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Professor Paulo 

Benedito José de Andrade em "Negros Pintores"



Benedito José de Andrade em "Negros Pintores"

Negros Pintores


     Muito pouco se fala dos negros nas artes plásticas brasileira, e sua produção, contribuição artística e como elemento colaborador da Cultura Brasileira. As características negras quase sempre estão escondidas em um sombreado da arte brasileira, quando se fala em arte dos negros, lembram-se do samba, do carnaval, mas artistas como Machado de Assis, Mario de Andrade, entre outros são esquecidos ou tratados e divulgados erroneamente como expoente brancos da cultura

     Continuando o trabalho começado no Centenário da abolição da escravatura, em 1988, na exposição "A Mão Afro Brasileira", em 2008, O Museu Afro Brasil, sobre a curadoria de Emanoel Araújo, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura e da Associação Museu Afro Brasil, se prontificou a resgatar a produção artística de negros brasileiros, apresentando-os de 23 de agosto a novembro de 2008 

     Eram artistas negros atuantes entre a segunda metade do Século XIX e início do século XX, chamando a mostra de “Negros Pintores”, onde foram selecionadas 140 obras entre dez pintores negros de grande expressividade e quase todos, pouco conhecidos no período. E entre eles estavam os trabalhos de Benedito José de Andrade, que retratou paisagens, naturezas mortas e personagens negros que pertenciam ao acervo do Museu Afro Brasil e colecionadores brasileiros.

     A exposição foi realizada no andar térreo e integrou a política curatorial, juntando-se a ela a publicação de um catálogo e textos de parede que seguiram a padronagem habitual nas mostras do século XIX, inclusive com ambiente sonorizado e educativo

                          “Desde 'A Mão Afro Brasileira', quando começamos a tratar de mostrar esses pintores, uma                         espécie de arqueologia vem se processando na descoberta de novas obras e sua devida valorização                  no mercado de arte, apesar do ostracismo, dos maus-tratos, da ignorância e insensibilidade com                         que se trata no Brasil a história e a memória iconográfica da arte do século dezenove e do primeiro                      quartel do século vinte”, observou Emanoel Araújo em seu texto de apresentação.

     A exposição possibilitou a imersão no trabalho de Andrade inclusive mostrou a qualidade de suas obras no contexto da arte brasileira, mesmo submetido a preconceito e as condições sociais adversas, de sua época, produziu obras de excelência técnica.

     Nessa exposição, havia  óleos sobre tela e madeira, guaches e desenhos a crayon, resumindo-se em paisagens, retratos, naturezas-mortas e estudos

     Além de Andrade, os demais artistas da mostra foram: Arthur Timótheo, Benedito José Tobias, Emmanuel Zamor, Estevão Silva, Firmino Monteiro, João Timótheo, Horácio Hora, Rafael Pinto Bandeira e Wilson Tibério.
Mesmo submetidos a preconceitos e a condições sociais adversas, os pintores focalizados na exposição produziram obras de excelência técnica e uma parcela deles esteve à frente de seu tempo, antecipando o modernismo, registra o sítio do Museu Afro Brasil, na web.

@professorpaulo

Salão Paulista de Belas Artes





      O Salão Paulista de Belas Artes foi um evento artístico criado em 4 de novembro de 1933 pelo decreto estadual número 6 111, assinado por Armando de Sales Oliveira, interventor federal em São Paulo. O regulamento foi elaborado pelo Conselho de Orientação Artística do Estado.

      Entre os vários incentivadores da ideia de um salão anual em São Paulo, nos moldes do Salão da Escola Nacional de Belas Artes, destacaram-se o arquiteto Alexandre Albuquerque e o pintor Clodomiro Amazonas.

      Com grande sucesso, o primeiro Salão foi inaugurado em 25 de janeiro de 1934, data em que se comemora a fundação da capital paulista. Nele, foi concedida a medalha de honra ao pintor paulista Pedro Alexandrino.

       Fonte: wikipédia

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Enrico Vio


Enrico Vio - Caricatura

Enrico Vio (Veneza, Itália 1874 - São Paulo SP 1960)

Pintor, professor.
Em 1909, estuda no Reggio Istituto di Belle Arti, em Veneza. É aluno de Ettore Tito (1859 - 1941) e Guglielmo Ciardi (1842 - 1917). Participa de exposições em Milão, Turim e da Grande Mostra de Artes de Veneza, em 1909. Em 1910, expõe no Salon d'Automne, em Paris, o quadro Velhice Tranquila, s.d., que traz para o Brasil em 1911. Reside em São Paulo, e leciona desenho no Liceu de Artes e Ofícios e posteriormente na Escola Politécnica. Produz retratos, paisagens paulistanas e pinturas de gênero, utilizando tinta a óleo, pastel e carvão. Realiza, entre outras obras, retratos de artistas como Tarsila do Amaral (1886 - 1973) e Pedro Alexandrino (1856 - 1942). Viaja várias vezes à Itália e pinta telas com temas e paisagens desse país. Em seus quadros, apresenta vistas da cidade de São Paulo, de seus arredores e do litoral paulista. O artista mantém-se à margem das inovações artísticas relacionadas ao movimento modernista durante toda a sua carreira.

Comentário crítico

Enrico Vio produz principalmente retratos, pintura de paisagens e pinturas de gênero. Entre os retratos, destaca-se Velhice Tranquila, s.d. - exposta no Salon d'Automne de Paris, em 1910 -, pelo tratamento sutil conferido ao tema e pelo uso cuidadoso da luz e da gama cromática. Nessa obra evoca a produção de pintores holandeses do século XVII. Em 1922 expõe, entre outras obras, retratos de artistas como Tarsila do Amaral (1886 - 1973) e Pedro Alexandrino (1856 - 1942).
Realiza vistas da cidade de São Paulo, de seus arredores e também do litoral paulista. Em Parque da Estação da Luz, s.d., e em No Jardim, 1923, apresenta um enquadramento fotográfico, aproximando um detalhe da cena aos olhos do observador. Esses quadros destacam-se pelas pinceladas livres e amplas, carregadas de tinta, e apresentam uma síntese formal e uma gama cromática muito controlada.
Como nota o historiador da arte Tadeu Chiarelli, o escritor e crítico Monteiro Lobato (1882 - 1948), em artigo de 1918, destaca o naturalismo sensível da produção do artista, a "verdade" com que trata seus temas e sua habilidade técnica. Enrico Vio manteve-se, durante toda a carreira, à margem das inovações artísticas relacionadas ao movimento modernista, e sua obra permanece ainda pouco conhecida e estudada.

Críticas

"Vio foi excelente pintor e bom artista, dedicando-se à figura humana e à paisagem, ao gênero e à natureza-morta. Sua pintura sólida baseava-se no fundo conhecimento do desenho e na boa articulação de uma palheta em que predominavam os tons quentes. Estilisticamente, carregou pelo Séc. XX adentro a tradição recebida dos seus mestres, mantendo-se impermeável à renovação determinada pelas novas correntes estéticas, mas ainda assim produzindo obra válida, mercê de um inegável talento e de uma personalidade marcante".
José Roberto Teixeira Leite
LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
"(...) italiano Enrico Vio, impressionista vigoroso que se vale de tons quentes e grossas pinceladas em relevo. Sua pintura apela mais para a emoção do que para os efeitos sensoriais que caracterizam o espírito do movimento francês. (...)"
Vera d´Horta Beccari
MARINHAS e ribeirinhas. Apresentação de Maurício Segall. Texto de Vera d´Horta Beccari. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1982. (Ciclo de Exposições Momentos da Pintura Paulista).

Exposições Individuais

1904 - Veneza (Itália) - Individual
1914 - São Paulo SP - Individual, no O Estado de S. Paulo
1918 - São Paulo SP - Individual, na Rua Líbero Badaró, 114
1921 - São Paulo SP - Individual, no Café Acadêmico
1924 - São paulo SP - Individual, no Consulado Italiano

Exposições Coletivas

1902 - Paris (França) - Salão de Paris
1904 - Veneza (Itália) - Mostra de Arte Promotrice de Veneza
1906 - Milão (Itália) - Salão Oficial de Milão
1908 - Turim (Itália) - Salão Oficial de Turim
1909 - Veneza (Itália) - Grande Mostra de Artes de Veneza
1910 - Paris (França) - Salão de Outono
1912 - São Paulo SP - Segunda Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios
1916 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de prata
1922 - São Paulo SP - 1ª Exposição Geral de Belas Artes, no Palácio das Indústrias
1928 - São Paulo SP - Salão de Belas Artes Muse Italiche, no Palácio das Indústrias
1936 - Rio de Janeiro RJ - 42º Salão Nacional de Belas Artes

Exposições Póstumas

1961 - São Paulo SP - 26º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1976 - São Paulo SP - O Retrato na Coleção da Pinacoteca, na Pinacoteca do Estado
1978 - São Paulo SP - A Paisagem na Coleção da Pinacoteca, na Pinacoteca do Estado
1980 - São Paulo SP - Destaque do Mês, na Pinacoteca do Estado
1982 - São Paulo SP - Marinhas e Ribeirinhas, no Museu Lasar Segall
1982 - São Paulo SP - Pintores Italianos no Brasil, no MAM/SP
1986 - São Paulo SP - Dezenovevinte: uma virada no século, na Pinacoteca do Estado
1993 - São Paulo SP - O Olhar Italiano sobre São Paulo, na Pinacoteca do Estado
1998 - São Paulo SP - Iconografia Paulistana em Coleções Particulares, no Museu da Casa Brasileira

Fonte: Itaú Cultural

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Obras - IV - Paisagens



Artista
:
Benedito de Andrade
Título
:
Paisagem
Técnica
:
Óleo sobre Tela
Ano
:
Década
:
Século
:
Dimensões (Cm)
:
Alt.: 50 / Larg.: 70 / Profund.:






Artista
:
Benedito de Andrade
Título
:
Paisagem com ovelhas
Técnica
:
Óleo sobre madeira
Ano
:
Década
:
Século
:
Dimensões (Cm)
:
Alt.: 20 / Larg.: 35 / Profund.:





Artista                     : Benedito José de Andrade 
Título                       :  Cavalos na Cocheira 
Ano                          : 1940 
Década                    : 40
Século                     : 20
Técnica                    :
 Óleo sobre Tela
 Dimensões             :
 38 x 46 cm